Deputado Coronel Ulysses pede CPMI por abusos de Alexandre de Moraes: ‘só as ditaduras mais abomináveis e nefastas são capazes de tamanha afronta aos mais elementares direitos do cidadão’; VÍDEO!
Da tribuna da Câmara, o deputado Coronel Ulysses questionou até quando o parlamento vai continuar omisso face às violações de direitos que têm ocorrido nas prisões em massa ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado lembrou que já há assinaturas para instalar uma CPMI, mas a comissão ainda não foi instalada.
O deputado apontou: “felizmente, em prazo recorde, nós conseguimos protocolar o pedido de instalação da CPMI de 8 de Janeiro. Essa CPMI tratará da prisão de mais de 900 pessoas, de todo o Brasil. Saliento que no Brasil não existe crime coletivo. Até quando vão permanecer presas essas pessoas?”.
Coronel Ulysses lembrou: “Na história da República
nunca houve prisões políticas em massa como esta de agora. Só as ditaduras mais
abomináveis e nefastas são capazes de tamanha afronta aos mais elementares
direitos do cidadão”.
O deputado lembrou ainda a necessidade de investigar todos os fatos relativos ao 8 de janeiro, inclusive as omissões e ações do governo federal. Ele disse: “A CPMI deve, certamente, apurar também as responsabilidades, se houve omissão em relação às providências daqueles que deveriam evitar o vilipêndio e a depredação do patrimônio público. Queremos uma investigação cautelosa e isenta, para que a justiça seja feita”.
O deputado lembrou ainda que as prisões em massa não são os únicos abusos que vêm ocorrendo sob o olhar complacente do Congresso Nacional. Ele apontou: “Do nosso Acre, o Estado que eu represento, nove pessoas estão presas. Essas pessoas estavam em frente ao quartel, estavam apenas insatisfeitas e, logicamente, exercendo o seu direito de manifestação, de maneira ordeira, sem praticar qualquer tipo de violência. Sequer estiveram aqui em Brasília ou jogaram um grão de areia em qualquer prédio público e estão presas.
Dentre elas há pessoas de bem, trabalhadores, inclusive idosos e algumas pessoas doentes, que precisam de tratamento de saúde. Esses acrianos e muitos dos brasileiros de outros Estados presos em Brasília estão sendo vítimas de abusos flagrantes, sem falar da busca e apreensão contra vários empresários, que geram empregos no nosso País, da falta de acesso aos processos, o que já foi denunciado por seccionais da própria OAB, e da censura prévia a órgãos de imprensa. Esses atos merecem toda a nossa indignação e o nosso protesto”.
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