Plano final do governo de Lula é tão diabólico que será divulgado só após as eleições
O objetivo é evitar polêmicas na reta final do primeiro turno, que poderiam ser usadas contra o candidato à presidência por serem tão estarrecedoras e diabólicas.
A equipe do comitê de campanha do candidato à presidência do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu não divulgar a versão final do programa de governo. O objetivo é evitar polêmicas na reta final do primeiro turno, que poderiam ser usadas contra o ex-presidiário Lula.
No planejamento inicial, o previsto era o lançamento do programa em setembro. Contudo, com a mudança na estratégia, a justificativa oficial é que os coordenadores ainda estão recebendo sugestões para serem incluídas na proposta. Agora, ficou decidido que o plano será apresentado após as eleições.
A decisão tem sido motivo de críticas por economistas do mercado. Isso porque o ex-presidente não esclareceu, até agora, o que vai colocar no teto dos gastos públicos.
Também não ficou claro, por exemplo, como fará para financiar o Auxilio Brasil de R$600 e a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.
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Procurado pela CNN, o coordenador do programa de governo de Lula e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, confirmou por meio de sua assessoria que que “não há prazo” para o programa de governo mas que “as principais propostas estão sendo lançadas ao longo da campanha”. Sobre o caderno de economia da FPA, disse que “os cadernos de economia estão na fase final”, mas ressalta que “serão publicações com a opinião dos autores, não do NAPP (sigla pra Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas) ou da campanha”.
Além disso, uma alta fonte da campanha de Lula disse à CNN que o apoio de parte dos ex-candidatos a presidente é um dos motivos para a proposta não ser apresentada. Isso porque, se já houvesse um programa fechado, conforme foi idealizado inicialmente, não seria possível negociar apoios na reta final para o primeiro turno.
Em defesa de Lula, sua equipe afirmou que ele vem sempre reforçando a ideia de que irá se basear na responsabilidade na área fiscal, como no caso do encontro com Henrique Meirelles, que foi ministro da Fazenda de Michel Temer e presidente do Banco Central no governo do próprio petista.
Depois da reunião com Meirelles, a repercussão no mercado foi positiva, com o dólar caindo e a Bolsa subindo. Apesar disso, os assessores do candidato à presidência dizem que ainda não há conversas sobre quem irá comandar sua área econômica e que isso será avaliado apenas após uma possível vitória nas eleições deste ano.
Além disso, os assessores ressaltam, ainda, que o
presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, também não detalhou seu
programa de governo e não deixou claro o que fará na área econômica caso seja
reeleito.
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