Brasil se manifesta sobre perseguição política à ex-presidente da Bolívia
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) se
manifestou nesta terça-feira (16) sobre a perseguição sofrida pela
ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, e por outras autoridades de seu governo
Conforme o Terça Livre noticiou, Áñez foi presa no último sábado (13) sob a acusação de terrorismo conta o governo socialista da Bolívia.
A prisão da ex-presidente vem ao mesmo tempo em que ela e outros opositores do Partido Movimento ao Socialismo (MAS) denunciarem fraudes eleitorais e abusos feitos pelos aliados do atual presidente do país, Luiz Arce.
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“O governo brasileiro acompanha com preocupação os acontecimentos em curso na Bolívia, onde a ex-Presidente Jeanine Áñez e várias autoridades de seu governo foram presas ou tiveram mandados de prisão decretados pelo Ministério Público boliviano, sob acusação relativa à prática de um alegado ‘golpe de Estado’ quando da transição política em outubro-novembro de 2019”, disse o Ministério das Relações Exteriores através de uma nota publicada no site oficial do governo.
Além disso, o Brasil “espera que o Estado de Direito seja plenamente respeitado na Bolívia no processo movido contra a ex-Presidente e outras autoridades”, continuou o MRE.
Há anos os cidadãos bolivianos vêm sofrendo com o regime socialista que obteve a presidência do país por diversos mandatos consecutivos.
Em novembro de 2019, após perder o apoio das Forças Armadas bolivianas, o ex-presidente Evo Morales deixou o governo que liderou durante 14 anos, sob denúncia de fraudes eleitorais. Após o episódio, a então presidente do Senado, Jeanine Áñez, através da prerrogativa constitucional assumiu o cargo de presidente interina.
“Cumpre recordar que o Governo brasileiro apoiou a formação do Governo da Presidente Jeanine Áñez, a qual foi empossada em caráter provisório após a renúncia do então Presidente Evo Morales, motivada pela reação popular à tentativa de fraude eleitoral detectada pelas missões de observação da OEA e da UE”, recordou o MRE, em sua nota.
O Brasil é um dos primeiros países a se pronunciar sobre a prisão da ex-presidente boliviana e a cobrar a constitucionalidade nas ações do governo atual da Bolívia.
No dia 13 de março o opositor de Nicolás Maduro na Venezuela, Juan Guaidó, também se manifestou sobre a prisão de Áñez em uma publicação em seu perfil no Twitter.
“Rejeitamos a prisão injusta do ex-presidente da Bolívia @JeanineAnez e dois dos ministros de seu governo”, disse ele.
“Exigimos sua libertação. Na Venezuela, sabemos que
a vingança e o revanchismo na política comprometem a democracia e as
instituições.”
Rechazamos el injusto encarcelamiento de la expresidenta de Bolivia @JeanineAnez y dos de los ministros de su Gobierno.
— Juan Guaidó (@jguaido) March 13, 2021
Exigimos su liberación. En Venezuela sabemos que la venganza y el revanchismo en política comprometen las democracia y la institucionalidad. https://t.co/Iitio08SS1
Acompanhamos com preocupação os acontecimentos na Bolívia - prisão da ex-Presidente Jeanine Áñez e outras autoridades. Esperamos que o Estado de Direito seja plenamente respeitado. Recordamos que o gov de Jeanine Áñez organizou eleições limpas e transferiu o poder pacificamente. https://t.co/v8k8izzkrW
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) March 16, 2021
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