Biden ameaça Putin e o chama de assassino
Presidente dos EUA alerta em entrevista que a
Rússia “pagará um preço” por suposta ingerência nas eleições sob suspeita de
fraudes norte-americanas
—O sr. acredita que Vladimir Putin seja um assassino?
—Sim, acredito.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usou uma entrevista ao canal ABC News para atacar seu homólogo russo, Vladimir Putin. Em meio à conversa com o apresentador George Stephanopoulos, a ser exibida nesta quarta-feira, Biden aborda o diálogo telefônico de uma hora que manteve com Putin logo depois de tomar posse na Casa Branca: “Conheço você e você me conhece. Se eu souber que aconteceu [uma ingerência eleitoral], então se prepare”, advertiu-lhe o democrata. A entrevista chega depois da confirmação de que tanto a Rússia como o Irã procuraram influenciar no resultado das eleições presidenciais norte-americanas de 2020, segundo um relatório publicado nesta terça-feira pelo Escritório do Diretor Nacional de Inteligência. “Vocês pagarão um preço”, ameaçou o democrata.
URGENTE: Mulher dada como morta por
Covid-19 se levanta do caixão em velório; VÍDEO.
O relatório dos serviços secretos dos EUA afirma que Moscou, com a autorização do presidente Putin, promoveu operações em favor do aspirante republicano e então presidente, Donald Trump. O mandatário norte-americano afirma na entrevista a Stephanopoulos que as consequências a serem pagas pelo Kremlin por seus esforços para influenciar no pleito de 3 de novembro não tardarão a chegar: “Logo vocês as verão”, sentenciou. “Na minha experiência, o mais importante ao tratar com líderes estrangeiros —e já tratei com muitos— é conhecer a outra pessoa”, afirmou o democrata. Também revelou que, quando era vice de Barack Obama, se reuniu a sós com Putin, olhou nos seus olhos e não viu “uma alma”.
O documento de inteligência conclui que, apesar das
tentativas descritas, as agências de espionagem dos EUA não encontraram provas
de que alguma figura estrangeira de peso tenha conseguido alterar a eleição
através da manipulação do registro eleitoral, falsificação de votos ou
alterações na apuração e divulgação dos resultados. O relatório dos serviços de
inteligência “não tem nenhum fundamento”, respondeu o porta-voz do Governo
russo, Dmitri Peskov. Lamentou também que “esses documentos, longe de serem
rigorosos”, possam servir como pretexto para impor novas sanções à Rússia.
Nenhum comentário