Procon de SP diz que não vai fiscalizar postos de gasolina que não informarem ICMS, presidente do procon é investigado na máfia da merenda
Diretor-executivo afirma que só vai tomar qualquer
medida se houver entendimento da Procuradoria-Geral do Estado
O diretor-executivo do Procon de São Paulo, Fernando Capez, afirma que não vai fiscalizar postos de gasolina por não informarem a composição dos preços de combustível.
Decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (23) obriga estabelecimentos a fixar um painel, em local visível, com os valores estimados do ICMS e de tributos federais que incidem no preço final.
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A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, reuniu Procons para definir estratégias para monitorar o cumprimento do ato.
Capez diz ao Painel que só vai tomar qualquer tipo de medida se a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo entender que o decreto é legal.
"Nós fiscalizamos práticas abusivas. Não vou sair por aí interpretando. Não vou multar posto por não mostrar o valor do ICMS. A gente só fiscaliza o que tem no Código do Consumidor. Há dúvidas se um decreto pode ampliar as práticas abusivas. Sem um parecer da Procuradoria-Geral do Estado, o Procon-SP não vai fazer nada”, diz o chefe do órgão.
De acordo com a Secretaria-Geral da presidência, o objetivo é que os consumidores tenham "mais clareza dos elementos que resultam no preço final".
“O decreto reforça princípio basilar do Código, que
é a transparência”, afirma Juliana Domingues, que comanda a Secretaria Nacional
do Consumidor.
FERNANDO CAPEZ PRESIDENTE DO PROCON DE SÃO PAULO é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Fernando Capez foi o escolhido pelo governador eleito de São Paulo, João Doria para comandar o Procon estadual.
Capez é ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, envolvido no esquema que ficou conhecido como Máfia da Merenda. “Vai comandar o Procon no nosso governo. Resposta clara e objetiva. Já foi convidado, já aceitou, e será o presidente do Procon”, disse Doria.
A operação Alba Branca apurou desvios e fraudes na
compra de suco para a merenda escolar em São Paulo. Organizada pela Polícia
Civil e pelo Ministério Público estadual as investigações vieram a público em
Janeiro de 2016, quando a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) acusou
políticos de receber propina para liberar contratos com o governo e municípios.
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