MP e Coaf foram os responsáveis por vazar dados da família Bolsonaro e perseguir a família do presidente
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que
diálogos de mensagens de procuradores da Operação Lava Jato mostram que sua
família sofre “perseguição”. Ele citou mensagens obtidas a partir do aplicativo
Telegram do telefone celular do ex-coordenador da força-tarefa do Ministério
Público Federal no Paraná Deltan Dallagnol. Acusou de fugir de responsabilidade
por supostamente saber a autoria de vazamentos de informação relacionados a seu
filho senador, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
As afirmações foram feitas em uma rede social na manhã de hoje (26). No texto Bolsonaro se manifestou sobre o caso dois dias depois de encerrar uma entrevista coletiva para não responder a uma perguntasobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça de anular parte das provas usadas na denúncia criminal contra o familiar. De acordo com o presidente da República, a quebra dos sigilos bancários foi “criminosa”.
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“A perseguição à família Bolsonaro se mostra em vários diálogos entre Dellagnol [sic] e membros do MP”, escreveu o presidente na rede social.
Segundo Bolsonaro, houve “a tentativa de cooptar o entorno do presidente da República para a escolha do PGR em 2019”. Naquele, o presidente escolheu um procurador geral da República, Augusto Aras, fora da lista tríplice dos procuradores. Aras não é identificado como um especialista em combate à corrupção e sua independência em relação ao Planalto vem sendo questionada. Por isso, boa parte dos procuradores têm criticado Bolsonaro e Aras nos bastidores ou em público.
Um site mantido por um apoiador do presidente divulgou trechos dos diálogos da Lava Jato. Neles, Deltan e os procuradores Roberson Pozzembom e Jerusa Viecili fazem piadas a respeito de quem seria o autor dos vazamentos de dados do sigilo bancário de Flávio Bolsonaro.
Hoje Bolsonaro divulgou o texto com esses diálogos. “Identificamos a fonte do vazamento dos dados da família Bolsonaro!! O COAF e MP juntos!”, escreveu Deltan em 22 de janeiro de 2019. Pozzobom e Jerusa riem: “Hahahaha” e “Kkkkkk”.
Para o presidente, Dallagnol tenta dizer que tudo
foi brincadeira. dizer ser brincadeira. “Demonstra querer fugir de sua
responsabilidade”, disse Bolsonaro na rede social hoje. “Os diálogos do
vazamento da família ocorreu [sic] em 2019, onde [sic] Bolsonaro já era
Presidente da República. ISSO É CRIME!”.
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