Advogado de Lula, Cristiano Zanin e advogado de Witzel são alvos da operação Lava Jato por suposto desvio de R$ 151 milhões do do Sesc, Senac e Fecomercio
Escritórios de representantes de políticos sofrem
mandados de buscas por possível desvio de dinheiro do Sesc, Senac e Fecomercio.
O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia
Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram na manhã desta quarta-feira, 9, a
Operação E$quema S para cumprir 50 mandados de busca e apreensão em endereços
de pessoas, escritórios de advocacia e outras empresas investigadas pelo
possível desvio, entre 2012 e 2018, de cerca de R$ 355 milhões das seções
fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ), do Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (Senac RJ) e da Federação do Comércio (Fecomércio/RJ).
Entre os alvos das buscas estão o advogado
Frederick Wassef, que já defendeu o senador Flávio Bolsonaro, o advogado
Cristiano Zanin, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a
advogada Ana Tereza Basilio, que defende o governador afastado do Rio, Wilson
Witzel.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato no Rio, a
ofensiva é aberta em paralelo ao início de uma ação penal contra 26 pessoas,
incluindo o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo. A
Procuradoria informou que a 7ª Vara Federal Cível do Rio aceitou acusação
referente a parte das investigações, sendo que a peça abrange 43 fatos
criminosos e trata de crimes de organização criminosa, estelionato, corrupção
(ativa e passiva), peculato, tráfico de influência e exploração de prestígio.
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As investigações partiram da Operação Jabuti,
aberta em 2018, e reuniram dados compartilhados de apurações da Receita,
Tribunal de Contas da União, da Operação Zelotes, quebras de sigilos
telefônico, telemático, fiscal e bancário, e também informações de Orlando
Santos Diniz, ex-gestor das entidades paraestatais e delator, diz a
Procuradoria.
O Ministério Público Federal informou que entre
2012 e 2018 o Sesc, o Senac e a Fecomércio do Rio teriam destinado mais de 50%
do seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia. A denúncia já
aceita pela Justiça Federal aponta que de tal montante, ao menos R$ 151 milhões
foram desviados em esquema supostamente liderado por Orlando Santos Diniz e
integrado por Marcelo Almeida, Roberto Teixeira, Cristiano Zanin, Fernando
Hargreaves, Vladimir Spíndola, Ana Tereza Basílio, José Roberto Sampaio,
Eduardo Martins, Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo. Os 11 foram denunciados por
organização criminosa, indicou a Procuradoria.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o esquema
incluía "o uso de contratos falsos com escritórios daqueles acusados ou de
terceiros por eles indicados, em que serviços advocatícios declarados não eram
prestados, mas remunerados por elevados honorários".
"As apurações comprovaram que Diniz era
persuadido pelos integrantes da organização criminosa no sentido de que novos
contratos (e honorários) eram necessários para ter facilidades em processos em
curso no Conselho Fiscal do Sesc Nacional, no TCU e no Judiciário. Como os
contratos eram feitos com a Fecomércio/RJ, entidade privada, o seu conteúdo e
os seus pagamentos não eram auditados pelos conselhos fiscais do Sesc e do
Senac Nacional, pelo TCU ou pela CGU, órgãos que controlam a adequação dos atos
de gestão das entidades paraestatais com a sua finalidade institucional",
indicou o MPF em nota.
Até o fechamento dessa matéria a reportagem não
havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para
manifestações.
FONTE: TERRA.COM.BR
#bolsonaro2022b38
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