Gabriel Monteiro se licencia da PM para ser candidato a vereador no RJ
Ele havia acabado de ser reincorporado após
acusação de deserção
Uma semana após ser reintegrado à Polícia Militar
do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro afirmou, nesta sexta-feira (14), que pediu
licença da corporação para se dedicar à vida política.
– Realmente hoje é meu último serviço na Polícia
Militar. Ou eu saio de cabeça erguida ou não terá outra opção, eu vou ser
destruído pelo sistema. E já foi falado que minha destruição é certa. Então eu
tenho que ser sábio e não deixar que pessoas que não são dignas acabem com
minha história – declarou em um vídeo no YouTube.
Na mesma publicação, Gabriel relembra polêmicas que
levantou dentro da Polícia Militar, uma delas sendo a acusação que fez ao
coronel da reserva Ibis Pereira sobre suas possíveis ligações com o tráfico do
Complexo da Maré. O agora youtuber também apontou perseguições dentro da
corporação e punições administrativas forjadas.
Gabriel também justifica sua saída da PM como uma
forma de proteção e de garantir a fiscalização das leis.
– Eu só tenho uma maneira para vencer esse sistema:
utilizar a lei. Eles não vão me destruir. E a única maneira que eu posso fazer
para não ser destruído e começar a fiscalizar o dinheiro público que vai para a
polícia, é me blindar em um cargo onde vou ter mais proteção e trabalhar
melhor. Assim, essas covardias não vão mais poder acontecer.
Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro
afirmou que o policial “solicitou licença para tratar de interesse particular
em virtude de candidatura a cargo eletivo, sendo concedida pela corporação”.
EXPULSÃO E REINTEGRAÇÃO
Nos últimos dias, Gabriel Monteiro foi expulso por
deserção e logo em seguida reincorporado. A PMERJ afirmou que o então soldado
havia faltado ao serviço por dias seguidos e, em razão disso, responderia pelo
crime de deserção.
Ele foi reintegrado à PM após dois dias.
Na ocasião, a polícia afirmou que, mesmo
reintegrado, ele continuaria respondendo pelo crime de deserção e também a uma
ação disciplinar por quebra de hierarquia, após a acusação feita ao coronel
Ibis Pereira.
FONTE: pleno.news