Mizael Bispo Condenado a 22 anos pela morte de Mércia Nakashima deixa o presídio em SP
Por ordem do STJ, assassino de Mércia Nakashimna
deixa a penitenciária devido ao risco de contrair a covid-19, mas não usará
tornozeleiras
O ex-policial militar e advogado Mizael Bispo,
sentenciado a 22 anos e oito meses de reclusão pela morte da ex-namorada,
Mércia Nakashima, deixou a prisão após ser beneficiado por uma decisão do STJ
(Superior Tribunal de Justiça) pelo fato de pertencer ao grupo de risco de
infecção pelo novo coronavírus.
Na última terça-feira (25), ele foi liberado da
Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Porém, a
decisão é temporária. O mérito será julgado pelo colegiado de ministros do órgão
judicial em 40 dias.
Durante o período de quarentena, o condenado deverá
permanecer em casa. Ele não poderá sair da cidade ou mudar de endereço sem
autorização judicial. Depois disso, Mizael não poderá deixar a sua residência
entre as 20h e às 6h, além do horário de trabalho.
A defesa argumentou que Mizael é portador de várias
comorbidades, como: pressão alta, colesterol, arritmia cardíaca, depressão,
ansiedade, sinusite e rinite crônicas. "O Mizael foi avaliado pelo médico
da unidade prisional no qual ratificou que o mesmo realmente faz parte do grupo
de risco", complementou o advogado Raphael Abissi Bhichara Abi Rezik.
No entanto, o promotor Rodrigo Merli, que conduziu
a acusação no julgamento de Mizael, criticou a concessão do benefício.
"Falar do grupo de risco porque ele tem rinite chega a ser hilário. Dizer
que ele é do grupo de risco porque ele está depressivo. Quem está depressivo há
mais de uma década são os familiares da Mércia", ponderou.
Já o irmão da vítima, Márcio Nakashima, considerou
a decisão do STJ um acinte à memória da advogada e à família. "Agora, o
Mizael tem rinite, pressão alta. Ele pode ir embora do presídio? Gente ele
matou uma pessoa. É revoltante tudo isso", criticou.
Monitoramento
O STJ determinou que Mizael Bispo utilize
tornozeleira eletrônica. Mas, segundo a SAP (Secretaria da Administração
Penitenciária de São Paulo), o monitoramento no estado é realizado em presos do
regime semiaberto, trabalho externo ou em casos de saídas temporárias.
O caso
A advogada Mércia Nakashima foi baleada e morta
pelo ex-namorado em maio 2010. Ela foi encontrada dentro do carro na represa de
Nazaré Paulista, na Grande São Paulo. O corpo e o veículo foram localizados por
um pescador da região somente uma semana depois do crime.
Segundo a investigação policial, a jovem de 28 anos
foi assassinada porque o ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento do
casal. Ambos residiam em Guarulhos, na Grande São Paulo.
FONTE: R7.COM
Nenhum comentário