EUA oferecem recompensa de R$ 20,8 milhões por chefe do Supremo venezuelano
Segundo o secretário de Estado dos EUA, Mike
Pompeo, presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Maikel Moreno, é
‘ajudante’ de Nicolás Maduro.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo,
anunciou nesta terça-feira (21) uma recompensa de US$ 5 milhões por informações
que levem à prisão e ao julgamento do presidente do Tribunal Supremo de Justiça
(TSJ) da Venezuela, Maikel Moreno, considerado próximo ao chavismo.
Em
comunicado, Pompeo também sancionou Moreno e sua esposa por supostamente
estarem envolvidos “em uma significativa corrupção” e afirmou que o chefe do
Supremo venezuelano “recebeu propina para influenciar no resultado de casos
criminais e civis”.
“Moreno recebeu propina em troca de ações
judiciais, como ordenar que juízes de instâncias inferiores liberem
determinados acusados ou neguem certos casos, o que ocorreu em mais de 20
processos judiciais”, afirmou Pompeo em comunicado.
No Twitter, o chefe da
diplomacia americana declarou que Moreno é um “ajudante” de Nicolás Maduro e
explicou que a nova medida busca enviar uma mensagem clara: “Os EUA se
posicionam firmemente contra a corrupção”.
Segundo os EUA, Moreno, que preside o TSJ desde
2017, flertou com a possibilidade de se distanciar do governo quando, em 30 de
abril de 2019, o líder da oposição, Juan Guaidó, liderou uma revolta de curta
duração com um grupo de militares que levou a manifestações, mas não derrubou
Maduro.
Em março deste ano, procuradores do estado da Flórida acusaram Moreno
de lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados com as supostas propinas
que recebeu na Venezuela.
No total, os EUA apresentaram acusações contra 15
membros e ex-integrantes do governo venezuelano, incluindo o presidente Maduro,
acusado de tráfico de drogas e pelo qual ofereceram uma recompensa de US$ 15
milhões por qualquer informação que leve à captura. Em maio de 2017, o governo
dos EUA também sancionou Moreno e outros sete juízes pouco após Assembleia
Nacional, controlada pela oposição, ter sido destituída de todas as funções
pelo Supremo.
Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como
presidente interino da Venezuela, em janeiro de 2019. Desde então, o país
liderou uma campanha internacional para isolar Maduro através da imposição de
sanções.
*Com informações da EFE
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