Um milhão de doses de vacina contra coronavírus até setembro
Universidade de Oxford está próxima de produzir o
remédio em escala global.
Cientistas de Oxford (Reino Unido) trabalham com a
meta de produzir um milhão de doses da vacina contra a COVID-19 até setembro de
2020. Para isso, já firmaram parceria com uma empresa farmacêutica capaz de
produzir e distribuir globalmente a vacina que está em fase de testes.
Antes que a vacina seja comercializada, entretanto,
ainda é necessário que os testes sejam finalizados. Atualmente, os cientistas
estão na fase um, onde 550 pessoas recebem o remédio contra a COVID-19 e outras
550 recebem a vacina contra meningite. Todos têm entre 18 e 55 anos de idade.
Esse é um teste-cego. Ou seja: por enquanto,
ninguém sabe quem está recebendo qual vacina. Esse procedimento serve para que
o resultado não seja influenciado por possíveis efeitos psicológicos dos voluntários.
Todas as pessoas registram um diário onde comentam
sintomas.
Ao final do teste, serão reveladas as pessoas que
ingeriram a vacina contra a COVID-19.
O professor de medicina da Universidade de Oxford,
Sir John Bell, declarou à rádio BBC local que esses resultados serão divulgados
já em junho.
Caso a análise desses resultados seja positiva, a
fase dois envolverá mais participantes, com o intervalo de idade estendido.
A fase 3 contará com 5 mil voluntários.
O objetivo é que, ainda em 2020, vários países
estejam recebendo o remédio.
“Também queremos garantir que o resto do mundo
esteja pronto para fazer esta vacina em larga escala para chegar às populações
dos países em desenvolvimento, por exemplo, onde a necessidade é muito grande”,
afirmou Bell.
Tempo recorde
Caso os planos de Oxford sejam concretizados, essa
será uma vacina desenvolvida em tempo recorde. Até hoje, a vacina desenvolvida
mais rapidamente a partir da descoberta do vírus causador foi contra o sarampo.
Ela foi disponibilizada em dez anos (1953-1963).
A vacina da varíola levou quatro anos para ficar
pronta, em 1796. Mas isso foi feito antes que o verdadeiro vírus causador fosse
identificado.
Já a vacina de Oxford contra a COVID-19 começou a
ser desenvolvida em fevereiro. Distribuí-la em menos de um ano é um avanço que
a Medicina jamais viveu.
Fonte: universal.org
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