Mais um suspeito de fraude na compra de respiradores superfaturados por Witzel é preso no Rio, cada respirador custou R$ 183,500 e não servem para o tratamento da Covid-19
Ação do MP e da Polícia Civil prendeu o empresário Mauricio Fontoura, dono da
ARC Fontoura. A empresa é investigada por esquema de contratos irregulares.
Em mais uma etapa da Operação Mercadores do Caos, a
Polícia Civil e o Ministério Público do Rio prenderam, na manhã desta
quarta-feira, o empresário Maurício Fontoura, controlador da empresa ARC
Fontoura, por susposta fraude na venda de respiradores para o governo do
estado.
Ao todo, o governo comprou mil respiradores, mas só
recebeu 52. Os ventiladores mecânicos, no entanto, não servem para o tratamento
da Covid-19. O custo total foi de R$ 183,5 milhões.
O empresário é um dos investigados de integrar uma
organização criminosa que visava obater vantagens em contratos emergenciais,
com dispensa de licitação, para a aquisição de equipamentos necessários no
combate ao novo coronavírus nos hospitais estaduais.
Na ação, também foi cumprido um mandado de busca e
apreensão por promotores de Justiça e agentes da Coordenadoria de Segurança e
Inteligência (CSI/MPRJ) em Piraí, município do Sul Fluminense, num dos
endereços ligados a Mauricio Fontoura. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara
especializada de Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Na semana passada, quatro pessoas foram presas na
primeira fase da operação: Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde do estado,
exonerado antes da prisão; Gustavo Borges, sucessor de Gabriell, que foi
exonerado depois da operação; Aurino Filho, dono da A2A, empresa de informática
que ganhou contrato para fornecer respiradores ao estado; e Cinthya Silva
Neumann, sócia da Arc Fontoura.
A ação contou com apoio do Grupo de Atuação
Especializada no Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem
Tributária (GAESF/MPRJ), de agentes da CSI/MPRJ e da Delfaz. O processo corre
em sigilo.
Fonte: oglobo.oglobo.com
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