Partido Comunista Chinês avança no Brasil: empresa pública federal brasileira EBC e China Media Group firmam acordo para “troca de conteúdos”
Monopólio comunista da informação
A estratégia do Partido Comunista Chinês em
expandir seu domínio e difundir sua propaganda através da mídia mundial têm
sido realizada com êxito. O grupo estatal chinês é o maior conglomerado de
comunicação do mundo em escala de operações: opera 47 canais de TV (com
conteúdo em seis idiomas e alcance de 162 países), 17 emissoras de rádio e
produção de conteúdo radiofônico em 44 idiomas. Além de rádio e TV, o CMG
administra 3 sites de notícia e 20 jornais e revistas de circulação nacional.
Promoção dos valores comunistas chineses
A parceria com os chineses foi FESTEJADA pelo
diretor-presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes.
Em discurso, ele assinalou que “a cobertura de
grandes eventos jornalísticos de forma conjunta, com troca de matérias
jornalísticas, bem como possibilidade de veiculação de programação que promova
os valores sociais e culturais de nossos países, também se constituem em
importantes áreas a serem exploradas nesta parceria”.
Em conversa com jornalistas, o presidente da EBC
disse que a iniciativa do acordo foi do governo chinês e tem caráter
estratégico.
“É uma oportunidade de projetar [nosso] país em
outro país sobre as nossas riquezas, sobre o nosso turismo, sobre a parte
educacional. Tudo isso contribui para o Brasil ganhar, para crescer e ser mais
respeitado no concerto das nações”, disse Luiz Carlos Pereira Gomes.
Para o presidente da EBC, as produções televisivas
e de outros meios podem ajudar a agregar valor à pauta comercial do Brasil com
a China.
Luiz Carlos Gomes, que morou na China em 2005, quando
estudou na Universidade de Defesa Nacional, reforçou a importância da EBC.
“Como empresa de comunicação pública, nós somos
estratégicos para o país, pela radiodifusão pública, isso tudo indica poder.
Quem tem a comunicação hoje tem poder”, disse Luiz Carlos Gomes.
Canal de streaming
A assinatura do acordo entre EBC e CMG ocorre em
meio a diversas reuniões bilaterais que fazem o governo brasileiro e chinês no
âmbito da Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul.
O CMG também assinou um termo de cooperação com o
Ministério das Cidades, na sede da EBC. Entre as possibilidades de parceria, há
a ideia de criação de um canal de streaming para circulação de produções de
cinema do Brasil e da China.
“O cinema chinês está entre os melhores do mundo e
é uma referência estética e plástica. É um cinema muito bonito”, defendeu o
ex-ministro Osmar Terra.
Fonte: Agência Brasil/EBC.
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