Comerciantes pedem para não falirem e Witzel prorroga quarentena no Rio de Janeiro até 30 de abril
Governador mantém proibidos eventos de qualquer
atividade com a presença de público e também o funcionamento de cinemas,
teatros e pontos turísticos.
Após o aumento no número de contágios por
coronavírus no estado, o governador Wilson Witzel prorrogou, até 30 de abril, o
decreto de quarentena que mantém o Rio em situação de emergência por conta da
pandemia provocada pelo Covid-19.
O texto mantém a proibição da realização de eventos
e de qualquer atividade com a presença de público e também o funcionamento de
cinemas, teatros e pontos turísticos como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.
Permanece também o artigo que permite a abertura de
bares, restaurantes e lanchonetes limitando o atendimento a 30% de suas
respectivas capacidades de lotação. Na cidade do Rio, contudo, segue valendo o
decreto do prefeito Marcelo Crivella que proíbe até mesmo a abertura de
restaurantes e lanchonetes ao público, autorizando apenas a retirada de pedidos
e entregas a domicílio.
Ao prorrogar o decreto, Witzel manteve o
funcionamento das feiras livres, desde que as barracas mantenham distanciamento
de no mínimo dois metros e que disponibilizem álcool 70% ao público. Witzel
informa que cabe às prefeituras deliberar sobre o funcionamento de comércio de
pequenos portes, como açougues, padarias e hortiruti.
Já o prefeito Marcelo Crivella, em videoconferência
realizada na tarde desta segunda-feira (13) com profissionais de saúde, afirmou
que “não é hora de aliviar” e que manterá as restrições já impostas pelo
município.
o governador Wilson Witzel pretende sugerir ao
Congresso a elaboração de uma lei para “aplicação de multa e de medidas penais
severas” a quem descumprir a quarentena.
No estado, a contaminação pelo novo coronavírus se
expandiu por cinco novas cidades nos últimos seis dias. O governador ressalta
que, por se tratar de Direito Civil, cabe à União deliberar sobre tema, e
explica a estratégia:
— Vou consultar a bancada de deputados federais e
também levar o assunto ao Fórum de Governadores. Penso que o Congresso pode
aprovar uma nova lei prevendo imposição de multas e medidas penais mais severas
— informou Witzel ao GLOBO, afirmando que serão mantidas as barreiras nas
estradas e lembrando que cidades com contágio têm necessariamente que seguir as
imposições do decreto de restrição.
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