Estado Islâmico aponta Israel como alvo em ‘nova fase’ de ataques terroristas e dessa vez com uso de armas químicas
Líder do grupo diz que assentamentos judeus da
Palestina virarão 'campos de testes' para suas armas e 'foguetes químicos'.
O grupo terrorista Estado Islâmico anunciou nesta
segunda-feira, 27, que vai iniciar uma “nova fase” de sua guerra santa, jihad,
com objetivo principal de atingir Israel.
O novo chefe da organização, Abu Ibrahim al-Hashemi
al-Qurachi, diz estar “determinado a entrar em uma nova fase, que nada mais é
do que combater os judeus e devolver o que roubaram dos muçulmanos”.
“Os olhos dos soldados do califado, onde quer que
estejam, ainda estão fixos em Jerusalém“, acrescentou al-Qurachi na mensagem de
37 minutos publicada no aplicativo de mensagens Telegram, aludindo, depois, a
um ataque em breve.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o
presidente americano, Donald Trump, recebe seu amigo e primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, antes de apresentar um plano de paz regional
considerado histórico por Israel – mas rejeitado pelos palestinos.
A proposta prevê cerca de 50 bilhões de dólares em
investimentos internacionais nos Territórios Palestinos e nos países árabes
vizinhos ao longo de dez anos. Contudo, segundo os palestinos, o plano
americano supõe a anexação por parte de Israel do Vale do Jordão, área
estratégica da Cisjordânia, além do estabelecimento de novos assentamentos.
Também inclui o reconhecimento oficial de Jerusalém
como a capital indivisível de Israel, uma das questões mais nevrálgicas dos
conflitos entre palestinos e israelenses. A Autoridade Palestina reivindica
Jerusalém Oriental como sua capital.
O líder dos jihadistas criticou o plano dos Estados
Unidos e convocou os muçulmanos de todo o mundo para serem “a ogiva da luta
contra os judeus”. No anúncio, instou que transformassem os assentamentos
israelenses da Palestina em “campos de testes” para suas armas e “foguetes
químicos”.
Hoje, cerca de 600.000 colonos israelenses vivem em
assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada, onde há
aproximadamente três milhões de palestinos.
Jihadistas enfraquecidos
O Estado Islâmico ainda é muito presente na Síria e
no Iraque. Além de controlar a península egípcia do Sinai, na fronteira com
Israel, que os israelenses ocuparam por 15 anos após a guerra árabe-israelense
de 1967.
Só que é uma área pequena, se comparada ao vasto
“califado” autoproclamado, que contava com sete milhões de habitantes em uma
área de quase 111.000 quilômetros quadrados – praticamente dois estados da
Paraíba. O grupo chegou até a imprimir sua própria moeda, arrecadar impostos e
dirigir programas escolares.
(Com AFP)
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