China registra quarta morte por vírus misterioso e confirma transmissão entre humanos
A China confirmou nesta segunda-feira, 20, a quarta
morte por infecção pelo novo tipo de coronavírus identificado no país nas
últimas semanas. A doença já infectou 217 pessoas. O governo chinês confirmou
ainda que a transmissão da doença ocorre, sim, entre humanos.
A maioria dos infectados está na cidade de Wuhan,
onde os primeiros casos foram reportados, mas a doença já fez vítimas na
capital do país, Pequim.
O agravamento do surto fez a Organização Mundial da
Saúde (OMS) anunciar, também nesta segunda, a criação de um comitê de
emergência para tratar do vírus. O grupo se reunirá nesta quarta, 22, em
Genebra, para decidir se classifica o surto como “uma emergência de saúde
pública de alcance internacional” e quais recomendações devem ser feitas a
nível global.
Além dos casos na China, Tailândia e Japão já
haviam reportado infecções. Nesta segunda, a Coreia do Sul informou seu
primeiro caso, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC) do
país.
A paciente é uma chinesa de 35 anos que voou de
Wuhan para o aeroporto internacional de Incheon no domingo. Ela foi isolada ao
entrar no país devido a sintomas como febre alta, informou o KCDC em
comunicado.
Alerta no mundo
Pelo menos meia dúzia de países da Ásia e três
aeroportos dos EUA começaram a rastrear passageiros de companhias aéreas da
China central. Muitos dos casos iniciais tinham conexões com um mercado de
frutos do mar em Wuhan, que foi fechado para uma investigação.
Li Gang, diretor e médico chefe do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, disse à emissora estatal CCTV que
"a infecciosidade do novo coronavírus não é forte". O médico
refere-se à rapidez com que o vírus pode se espalhar entre os indivíduos.
Isso "não descarta a possibilidade de
transmissão limitada de homem para homem, mas o risco de transmissão contínua é
baixo", disse Li. "Com a implementação de nossas várias medidas de
prevenção e controle, a epidemia pode ser evitada e controlada".
O governo chinês deseja evitar a repetição da SARS,
ou síndrome respiratória aguda grave, causada por outro coronavírus, que
começou no sul da China no final de 2002 e se espalhou para mais de duas
dezenas de países, matando quase 800 pessoas. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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