Bombardeio dos EUA mata general iraniano em Bagdá responsável por milhares de mortes e perseguição aos cristãos
Bombardeio também abateu chefe de milícia iraquiana
apoiada pelos iranianos.
Um ataque no caminho para um aeroporto de Bagdá,
capital do Iraque, na madrugada desta sexta-feira (3), matou um dos principais
generais do Irã e o líder de uma milícia local pró-Teerã, de acordo com
informações divulgadas na TV iraquiana.
A própria milícia confirmou as mortes para a
agência de notícias internacionais Reuters.
O general Qassim Suleimani liderava há mais de 20
anos a força Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã responsável
por conduzir operações militares secretas no exterior.
Segundo a imprensa internacional, o general
iraniano tinha participado de encontros com líderes de milícias iraquianas no
aeroporto. OTeerã tem aumentado sua influência no vizinho nos últimos anos.
Também morreram Abu Mahdi al-Muhandis, chefe da milícia
iraquiana Forças de Mobilização Popular (que tem apoio do Irã), e o porta-voz
de grupo, Mohammed Ridha Jabri, além de ao menos outras duas pessoas ainda não
identificadas. Outras pessoas também ficaram feridas na ação.
O comboio onde eles estavam foi atingido por
mísseis, de acordo com o jornal The New York Times. Os Estados Unidos assumiram
a autoria da ação. Segundo a agência de notícias Reuters afirmou que fontes
anônimas confirmaram que o ataque tinha como alvo líderes iranianos que estavam
no Iraque.
A ação deve aumentar a tensão na região, que nos
últimos dias viveu uma série de conflitos indiretos entre Teerã e Washington.
No último dia 24, um funcionário terceirizado do
Exército americano foi morto após um ataque contra uma base americana próxima a
Kirkuk.
Washington culpou as milícias apoiadas pelo Irã
pela ação e no último domingo realizou um ataque aéreo em áreas controladas por
essas facções no Iraque e na vizinha Síria.
A ação gerou revolta contra o país no Iraque e
levou manifestantes e milícias a atacarem a embaixada dos EUA em Bagdá na
última terça-feira. O cerco terminou no dia seguinte.
Em uma rede social, o presidente Donald Trump
acusou o Irã de orquestrar a invasão e disse que o país seria responsabilizado.
– O Irã matou um segurança privado [terceirizado]
americano e feriu outras pessoas. Respondemos com vigor e sempre iremos
responder – disse ele, em referência à ação do último domingo.
– Agora, o Irã está orquestrando um ataque contra a
embaixada dos EUA no Iraque. Eles serão responsabilizados. Esperamos que o
Iraque use suas forças de segurança para proteger a embaixada – acrescentou
Trump na ocasião.
Na quinta-feira, o secretário de Defesa dos EUA,
Mark Esper, tinha afirmado que o país esperava que as milícias pro-Teerã iriam
realizar novos ataques contra alvos americanos no Iraque e que Washington tinha
direito de realizar ações preventivas para impedir que isto ocorresse.
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