Ex-funcionário do Facebook diz que notícias conservadoras eram apagadas e prioridade era notícias de esquerda
Rede social nega a censura e argumenta que dá
espaço a “todos os espectros políticos”.
Um ex-funcionário do Facebook abriu um debate na
vida política norte-americana ao acusar a rede social de suprimir de forma
sistemática as notícias de interesse dos leitores conservadores dos EUA. O site
de tecnologia Gizmodo publicou a denúncia do jornalista, que elaborou uma lista
das informações que ficaram de fora, enquanto trabalhava no módulo de
tendências informativas, e o jornal The New York Times fez eco, abrindo assim
uma discussão na qual o Facebook nega categoricamente qualquer tipo de censura.
“Levamos muito a sério as acusações de viés”, afirmou o Facebook em um comunicado.
“O Facebook é uma plataforma para as pessoas e as perspectivas de todo o
espectro político.”
O jornalista que fez a denúncia, cuja identidade
não foi divulgada, dá como exemplos notícias sobre Mitt Romney, Rand Paul ou o
encontro na conferência anual dos conservadores (CPAC). Em seu artigo, o
Gizmodo diz que outros funcionários da seção de tendências reconhecem ter
recebido instruções para incluir no módulo de Tendências informações que ainda
não haviam alcançado popularidade na rede social, entre as quais se destaca a
urgência informativa de acontecimentos como os atentados contra a sede do
semanário Charlie Hebdo em Paris ou o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia
Airlines.
O ex-funcionário, de direita, conta que quando
começava a trabalhar ficava assombrado ao ver que determinadas informações de
grande difusão não estavam entre as tendências informativas, ou porque a equipe
não havia reconhecido as notícias ou porque tinham sido deixadas de lado. O
funcionário fez uma lista dos assuntos suprimidos, incluindo uma informação de
um ex-oficial do IRS (a Fazenda norte-americana) Lois Lerner, acusado pelos
republicanos de examinar de maneira inadequada os grupos conservadores,
informações relacionadas com o governador de Wisconsin, Scott Walker; o ex-SEAL
da Marinha que foi assassinado em 2013; o ex-colaborador da Fox News Steven
Crowder.
A seção de Tendências do Facebook funciona desde
2014. Tem uma grande visibilidade na Internet e ajuda os usuários, 222 milhões
ativos por mês entre Estados Unidos e Canadá, a selecionarem as notícias em
função de sua popularidade. Como resposta às acusações, o Facebook afirmou que
segue rigorosas diretrizes “para garantir a neutralidade” e incluir todos os
pontos de vista. Segundo The New York Times, o artigo do Gizmodo se encontrava
entre as principais tendências do Facebook na segunda-feira.
Há justamente uma semana, na terça-feira, Mark
Zuckerberg revelou seus planos para os próximos 10 anos de Facebook. Em seu
discurso apresentou um arrazoado cheio de otimismo que foi interpretado como
uma rejeição a Trump. “Escuto vozes cheias de medo, que defendem a construção
de muros, distanciam as pessoas às quais se referem como ‘os outros’. Vejo como
pedem que seja limitada a liberdade de expressão, que a imigração seja freada.
Até cheguei a escutar como pedem que se corte a Internet”, disse. Aos 31 anos,
o fundador da maior rede social estava mesclando negócios e política, uma
fronteira que até o momento não havia cruzado.
O Facebook sim, realmente e é verdadeiro que eles suprimemn noticias e compartilhamento de direita/conservadores. E isso não é de agora, ja vem acontecendo a algum tempo/anos, e acho um absurdo, afinal estamos em uma democracia legítima escolhida em eleição reconhecida e sem nenhuma denúncia, E não ser de diferença de votos que foi feito tudo para ter fraudes favoráveis ao candidato de esquerda.
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