Grupos de esquerda pró-aborto e apoiadores da ideologia de gênero elegem metade dos conselheiros tutelares em SP
A eleição
que aconteceu no domingo (6) para conselheiro tutelar contou com forte campanha
de grupos de esquerda, do movimento LGBT e comunistas para eleger candidatos
progressistas ,grupos esses que são pró aborto, a favor da liberação das drogas
e da ideologia de gênero.
Deu certo: pelo menos metade dos eleitos em São
Paulo figuravam em listas na internet elaboradas por ativistas, movimentos
sociais ou partidos políticos de esquerda.
Até a manhã desta segunda (7), 94% das urnas já
tinham sido apuradas. Embora a apuração esteja concluída em 48 dos 52
conselhos, a prefeitura afirma que os resultados ainda são parciais.
Houve problema em três regiões da cidade, que terão
que ter novas eleições em outra data: Pinheiros, Pirituba e Lajeado. Em
Pinheiros, os mesários não apareceram em uma das escolas, e a eleição foi
invalidada. Em Pirituba e Lajeado, o número de candidatos nas urnas eletrônicas
estava diferente do informado ao poder público. O erro será apurado, diz a
prefeitura.
Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2015, a
eleição foi suspensa na cidade toda após denúncias de problemas com o sistema
de votação eletrônica. Uma nova eleição foi convocada para o início do ano
seguinte, dessa vez com cédulas em papel. Houve improviso e até caixas de
sapato e de sabão em pó fizeram as vezes das urnas.

Não entra na conta o Conselho Tutelar Grajaú 1,
cuja apuração ainda não havia sido concluída (embora o resultado parcial, com
98% das urnas, indicasse duas pessoas na lista de candidatos progressistas).
Houve mais eleitos apoiados pela esquerda em 24 dos
48 conselhos com votação encerrada.
Em 11 deles, todos os eleitos estão nas listas de
candidatos progressistas: Pedreira, Vila Prudente, São Rafael, Brasilândia,
Lapa, Grajaú 2, Rio Pequeno, Guaianases, Sé, Vila Mariana e Ipiranga.
Outros oito órgãos tiveram pelo menos quatro
eleitos apoiados por grupos de esquerda: Bela Vista, Cidade Tiradentes 2,
Santana, Capão Redondo, José Bonifácio, Capela do Socorro, Sacomã e Jaraguá.
Itaquera, Parelheiros, Butantã, Sapopemba e Jardim
Helena, por sua vez, elegeram três conselheiros denominados progressistas.
Os conselheiros tutelares terão mandatos de quatro
anos (de 2020 a 2024) e receberão R$ 2.853 de salário.
Ao todo, são cinco representantes em cada um dos 52
conselhos da cidade.
Criados pelo ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente) em 1990, os Conselhos Tutelares são órgãos autônomos responsáveis
por receber denúncias de violações de direitos e notificar o Ministério Público
e o Judiciário, solicitar a troca de guarda familiar, fiscalizar e articular
políticas públicas para menores, entre outras coisas.
Os Conselhos Tutelares são ligados às prefeituras.
Em São Paulo, estão sob o guarda-chuva da Secretaria Municipal de Direitos
Humanos.
As eleições para novos conselheiros são organizadas
pelas próprias prefeituras. Em São Paulo, a eleição é acompanhada pelo
Ministério Público e é feita com assessoria do Tribunal Regional Eleitoral
(inclusive com urna eletrônica).
Em São Paulo, 1.063 pessoas disputaram 260 vagas,
mas a distribuição foi desigual pela cidade.
Enquanto a disputa foi acirrada em locais como
Itaim Paulista, com 43 candidatos, e São Miguel Paulista, com 40, em outras
partes da cidade as opções eram muito menores. Só seis pessoas disputam uma
vaga como conselheiro tutelar no Butantã. Na Vila Mariana e Sacomã, são oito.
Em Pinheiros, dez.
No total, 1.450 pessoas se candidataram para as 260
vagas. Mas 386 dessas candidaturas tiveram desistência ou foram impugnadas e
indeferidas (isso acontece quando o candidato não cumpre os requisitos
mínimos). Houve ainda um caso de morte (uma candidata ao Conselho Tutelar da
Lapa).
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