Governadores do nordeste calados em relação a manchas de óleo e petróleo Venezuelano em praias da região
Já são 132 as praias nordestinas atingidas pela
inexplicável mancha de óleo, segundo último balanço do Ibama.
Ao todo, até agora, 61 municípios foram afetados
nos nove estados da região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
A Bahia e o Piauí foram os últimos estados
atingidos. As primeiras manchas surgiram no começo de setembro no litoral de
Pernambuco. Ocorreram no dia 2 de setembro nas cidades pernambucanas de Ipojuca
e Olinda, . No dia seguinte, 3 de setembro, mesmo tipo de mancha foi registrada
em outras cidades pernambucanas (em Tamandaré, Recife, Jaboatão de Guararapes)
e também na cidade de Conde, na Paraíba.
Depois, apareceram na Paraíba, Alagoas, Rio Grande
do Norte, chegando ao Ceará, Maranhão e agora no Piaui e na Bahia. Há manchas
já na foz do rio Francisco, no município de Piaçabuçu, litoral extremo sul de
Alagoas.
Nove praias cearenses foram afetadas: da Lagoinha
(em Paraipaba), Malhada (em Jijoca de Jericoacoara), Pontal de Maceió (em
Fortim), Sabiaguaba (em Fortaleza), Taiba (em São Gonçalo do Amarante),
Paracuru (em Paracuru), da Prainha (em Aquiraz), Barra de Sucatinga e Morro
Branco (em Beberibe).
O material é tóxico. Mas até agora o governo de
Sergipe foi o único estado nordestino a decretar estado de emergência nos
municípios atingidos pela mancha. A medida foi tomada depois do surgimento da
mancha de óleo na praia dos Artistas, em Coroa do Meio. A praia foi
interditada. Segundo a Administração Estadual do Meio Ambiente sergipano é a
maior concentração de petróleo cru encontrada no nordeste.
Os governadores nordestinos, que chegaram anunciar
um inconstitucional consórcio regional, por enquanto, estão em silêncio e de
braços cruzados sobre a tragédia ambiental. Sequer uma nota oficial foi
divulgada.
Por enquanto, apenas a Petrobras faz na limpeza das
praias, selecionando, treinando e pagando o pessoal da limpeza nas comunidades
litorâneas afetadas. Segundo Ibama, das 132 praias, 11 estão em processo de
limpeza, 74 ainda tem manchas visíveis e 48 estão livres da substância na
areia.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
anunciou que equipes do governo federal recolheram mais de 100 toneladas de
borra de petróleo no litoral do Nordeste desde o início de setembro.
Mistério — No último sábado (05/10), um mês depois
da primeira ocorrência, o presidente Jair Bolsonaro determinou investigação
sobre a origem do óleo. Bolsonaro deu prazo de 48 horas para a conclusão da
investigação, mas até agora nada da investigação foi oficialmente noticiado.
Segundo o presidente, o aparecimento das manchas
“pode ter origem criminosa ou acidental”. Para Bolsonaro existe um país “no
radar”, mas não disse qual. “Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento
acidental, pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo. Temos, no
radar, um país que pode ser a origem do petróleo, mas continuamos investigando
da melhor maneira possível”, declarou.
Em nota, a Petrobras há tinha afirmado que o
material não era produzido pela companhia. "A análise realizada em amostras
atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a família de
compostos orgânicos do material encontrado não é compatível com a dos óleos
produzidos e comercializados pela companhia". Os testes foram feitos no
Centro de Pesquisas da Petrobras no Rio de Janeiro.
Segundo a análise da Petrobras, acompanhada pela
Marinha, a mancha é composta de petróleo cru, e não de derivados. As amostras
colhidas teriam mesma origem, mas ainda não é possível afirmar a origem.
Sabe-se que a substância não tem características das produzidas no Brasil.
A Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco
suspeita que o petróleo cru vazou dos navios em passagem pela litoral da
região. Os pernambucanos estão analisando imagens de satélite, com movimentação
de petroleiros, mas a investigação também está em estágio inicial.
Praias afetadas no estado do Rio Grande do Norte:
Redinha, Santa Rita, Jenipabu, Barra do Rio, Caraúbas, Cabo de São Roque,
Ponta Negra, Praia de Touros, Praia do Calcanhar, Ponta da Ilha Verde, Foz do
rio Catu, Muriú, Rio Punaú, Jacumã, Perobas, Zumbi/Rio do Fogo, Sibaúma/Das
Minas, Búzios (Rio Doce), Foz do Rio Pirangi/Pium, Pirangi do Sul, Pirangi do
Norte, Cotolelo, Barreira do Inferno, Maracajaú, Praia do Forte, Praia de
Areia Preta, Maracajaú, Tibau do Sul, Barra do Cunhaú, Praia do Amor, Pipa,
Pirambu, Praia do Giz, Barreta, Camurupim, Barra de Tabatinga, Pirambúzios,
Sagi, Baía Formosa, Via Costeira, Praia de Alagamar.
Praias afetadas no estado de Alagoas: Piaçabuçu,
Coruripe, Barra de São Miguel, Praia do Francês, Praia do Carro Quebrado,
Pajuçara/Ponta Verde, Praia de Japaratinga, Paripueira, Praia do Gunga, Barra
de Santo Antônio, Lot. Encontro do Mar, Ipioca.
Praias afetadas no estado da Bahia: Conde,
Jandaíra, Conde e Mangue Seco.
Praias afetadas no estado de Sergipe: Estância,
Caueira, Mosqueiro, Praia do Pirambu, Praia de Jatobá, Barra dos Coqueiros,
Praia de Ponta dos Mangues, Atalaia, Abais, Porto, Costa, Atalaia Nova e praia
dos Artistas em Coroa do Meio.
Praias afetadas no estado do Piauí: Luís Correia,
Praia do Arrombado
Praias afetadas no estado do Maranhão: Av.
Litorânea, Travosa, Praia da Mamuna, Santo Amaro do Maranhão, Ilha do
Livramento, Praia de Itatinga, Praia Canto do Atins, Praia do Barro Vermelho,
Ilha dos Poldros.
Praias afetadas no estado do Pernambuco:
Conceição, Janga, Maria Farinha, Pontas das Pedras, Catuama, Tamandaré,
Praia do Paiva, Candeias, Boa Viagem, Carneiros, Praia de Dell Chifre, Praia de
Gamboa, Praia de Nossa Senhora do Ó, Porto de Galinhas, Ilha Cocaia, Piedade,
Pau Amarelo, Praia do Forte Orange e São José da Coroa Grande.
Praias afetadas no estado da Paraíba: Barra do rio
Camaratuba, Oiteiro, Lagoa de Praia, Campina, Barra do Mamanguape, Praia de
Jacumã, Praia de Camboinha, Praia do Poço, Intermares, Cabo Branco, Tambaú,
Praia de Gramame, Tambaba, Praia Bela, Praia Formosa e Praia do Amor.
Fonte: ceraemoff.com.br
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