Sergio Moro pode acabar com visitas íntimas a presos
Nomeado ministro da Justiça por Bolsonaro, o
ex-juiz da Lava jato acredita que redução na maioridade penal seja apenas para
crimes graves.
Anunciado por Jair Bolsonaro como ministro da
Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro — exonerado na tarde desta sexta — comentou
alguns temas polêmicos em entrevista concedida à IstoÉ, incluindo a
possibilidade de terminar com as visitas íntimas a presos e, também, a redução
na maioridade penal.
Quando o assunto são as pessoas já encarcerada,
Moro tem ideias para enrijecer o sistema, como a de encerrar com as famosas
'saidinhas' em feriados ou a de extinguir a progressão de pena para membros
comprovados de facções criminosas. O novo ministro diz ainda que estuda acabar
com as visitas íntimas: "É uma possibilidade".
Já sobre a redução na maioridade penas para 16
anos, ele e Jair Bolsonaro têm pensamentos semelhantes, mas divergem em alguns
pontos. Se para o presidente eleito, ela deve ser aplicada para todos os crimes,
Moro acredita que "seja relacionada apenas a crimes graves. E quando falo
em crimes graves, estou falando em crimes com resultado de morte ou lesão
corporal gravíssima. Crimes de sangue".
Outra proposta em que há mais semelhanças do que
divergências entre ministro e presidente é o porte de armas: "É algo bem
diferente de autorizar as pessoas a saírem armadas nas ruas. Por outro lado,
não estamos falando em autorizar porte em casa de armas automáticas, de fuzis.
É uma situação diferente da que acontece nos Estados Unidos".
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