Onyx Lorenzoni confirma fim do Ministério do Trabalho
Funções da pasta serão divididas entre Justiça,
Economia e Cidadania.
O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, confirmou na manhã desta segunda-feira, 3, o fim do Ministério do
Trabalho no governo de Jair Bolsonaro. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele
afirmou que as funções da pasta serão divididas entre os ministérios da
Justiça, da Economia e da Cidadania.
“O Ministério do Trabalho ficará em parte com o
Sergio Moro, na parte da concessão do imposto sindical, no Ministério de
Justiça e Segurança. A outra parte, no caso de políticas, emprego, ficará parte
no Ministério da Economia, e outra parte no Ministério da Cidadania”, afirmou
Onyx Lorenzoni.
O futuro chefe da Casa Civil também disse que o
governo terá 22 ministérios a partir de 2019, sete a mais do que os 15
prometidos por Bolsonaro durante a campanha presidencial.
“Serão 20 ministérios funcionais e dois eventuais”,
explicou Onyx. Segundo ele, o Banco Central e a Advocacia-Geral da União, que
já têm indicados, também perderão o status de ministério. A mudança depende da
aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição.
Ele também disse que faltam ser indicados os
ministros do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos, Família e Mulheres. Para
esta pasta ganhou força o nome da advogada e pastora Damares Alves. “Os que
faltam são esses. Ela [Damares] é a mais provável que seja confirmada ao longo
da semana, mas quem confirma sempre é o presidente”, disse Onyx Lorenzoni.
O nome de Damares ganhou força depois que Bolsonaro
rejeitou indicações feitas pela bancada evangélica. Damares é assessora do
senador Magno Malta (PR-ES), que esperava um convite para compor o primeiro
escalão. Parte da bancada avalia que a sondagem foi uma “afronta” e
“ingratidão” a Malta. No sábado, Bolsonaro disse que ela está “na frente” para
chefiar a pasta.
Para o Meio Ambiente, Bolsonaro informou que o nome
do engenheiro agrônomo Xico Graziano não está descartado — oriundo do PSDB
paulista, seu nome enfrenta resistências do núcleo militar do novo governo.
“Coloquei para ele os problemas que temos, e ele é extremamente favorável a
atender o que eu propus a ele”, afirmou, citando como exemplo o grande volume,
segundo Bolsonaro, de multas aplicadas pelo Ibama. “O homem do campo não pode
ter gente no governo maltratando quem produz”, declarou.
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