Nunca mais seremos um país socialista, diz Eduardo Bolsonaro
O deputado disse ainda que o futuro governo, assim
como fez Donald Trump, pretende não reconhecer a última eleição na Venezuela.
Em viagem aos Estados Unidos, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL -SP), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que o
Brasil nunca mais será “um país socialista”. A declaração foi dada na noite
desta sexta-feira em entrevista ao jornalista Lou Dobbs da Fox News e foi
retuitada por Jair Bolsonaro .
“Estamos muito otimistas porque o Brasil está
mudando de uma gestão extremamente socialista para uma economia muito mais
liberal. O que eu vim fazer aqui nos Estados Unidos é dar os primeiros passos
para o resgate da nossa credibilidade e mandar uma mensagem clara de que nunca
mais seremos um país socialista”, disse. Ele acrescentou que o governo eleito
está muito animado com a proximidade com os Estados Unidos.
Trump brasileiro
Sobre as comparações entre Jair Bolsonaro e o
presidente norte-americano, Donald Trump, que surgiram durante a campanha a
partir de alguns posicionamentos considerados mais radicais do presidente
eleito, Eduardo Bolsonaro disse que, assim como Trump, seu pai “não segue a
agenda dos politicamente corretos”.
“Ele diz o que pensa, gostar ou não é uma escolha
de cada um”. Para reforçar a afinidade com medidas adotadas por Trump, Eduardo
Bolsonaro voltou a defender a mudança de sede da embaixada brasileira em Israel.
“Também adoraríamos mudar a embaixada brasileira de Telaviv para Jerusalém”,
disse.
O deputado disse ainda que o futuro governo, assim
como fez Trump, pretende não reconhecer a última eleição na Venezuela, que, em
maio, reconduziu Nicolás Maduro ao poder. À época, Brasil, Estados Unidos e
outros 13 países não reconheceram a vitória de Maduro.
Reformas
Ao citar as prioridades de Bolsonaro, que segundo o
jornalista norte-americano, receberá o país depois de quatro anos difíceis “de
muita corrupção política e deterioração econômica”, Eduardo Bolsonaro destacou
como positivas as escolhas do juiz Sérgio Moro, que comandou a Operação Lava
Jato, como ministro da Justiça e do economista Paulo Guedes, para a área
econômica. O deputado ressaltou que o Brasil se prepara para passar por uma
série de privatizações e por reformas, como a da previdência e a tributária.
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