Número de deputados evangélicos quase dobra de 2010 para 2018
Levantamento do perfil da Câmara dos Deputados
mostra que número de católicos diminuiu.
Um levantamento feito pelo G1 divulgado nesta terça
sobre a composição da Câmara dos Deputados na próxima legislatura (2019-2023)
indica que a maioria dos deputados ainda se declara católica. Eles são 53%,
totalizando 273 parlamentares.
Mesmo assim, é o menor percentual de católicos das
últimas duas legislaturas (eram 58% em 2014 e 60% em 2010). Ao mesmo tempo, o
número de evangélicos cresceu muito, chegando a 75 deputados. Em 2010 eram 43,
subindo para 68 em 2014.
Curiosamente, 23 deputados se declaram “cristãos”,
sem especificar afiliação. A composição da Casa de Leis terá quatro
“agnósticos”, ou seja, que não sabem se Deus existe. Sete são abertamente
“espíritas”, dois “ecumênicos”, um “judeu” e um “ateu”.
Vinte e cinco não tem uma religião ou preferem não
dizer.
Os dados coletados na pesquisa indicam que a Câmara
reflete o que se conhece da população brasileira. O último Censo do IBGE indica
que a religião majoritária no país continua sendo a católica: 64% da população.
Os evangélicos são o segundo maior grupo (22%) e os espíritas somam 2%.
Assuntos polêmicos
A pesquisa ouviu os futuros componentes da Câmara
sobre várias questões, incluindo assuntos considerados polêmicos.
A minoria (10%) declarou-se favorável à legalização
da maconha.
Mais de metade (58%) são contrários ao ensino
religioso obrigatório nas escolas
Um terço (33%) são favoráveis à redução da
maioridade penal
Os favoráveis à facilitação da compra e do porte de
armas: são 39%
54% são favoráveis ao aborto somente nas situações
atualmente previstas em lei
Os favoráveis a tornar a homofobia crime são 52%
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