Enxaqueca não é dor de cabeça; entenda risco maior de AVC e infarto
Registrar crises e fatores desencadeantes é
importante para o diagnóstico.
Alimentação balanceada, sono regular e atividade
física ajudam.
Trinta milhões de brasileiros têm enxaqueca. E quem
mais sofre são as mulheres.
Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que as
mulheres que têm enxaqueca correm um risco muito maior de desenvolver doenças
cardiovasculares, como infarto e AVC. Mais grave ainda, se elas usam
anticoncepcionais.
Para explicar os riscos e a prevenção, o Bem Estar
desta quarta-feira convidou o cardiologista Roberto Kalil, consultor do
programa, e a neurologista Doutora Thaís Villa, chefe do setor de Cefaleias da
Unifesp.
A enxaqueca é uma doença que pode tornar a pessoa
incapacitada. Ela deve ser tratada com muita seriedade e controle porque
aumenta o risco de AVC e infarto, assim como a hipertensão, o colesterol alto e
o tabagismo.
A enxaqueca é hereditária e, na maioria dos casos,
a automedicação pode ser uma cilada.
A dica é registrar as manifestações e crises em um
caderno de anotações. Fatores como duração e horários predominantes,
intensidade e localização da dor, sintomas acompanhantes, situações
desencadeantes, entre outros, devem ser observados.
A alimentação de quem tem enxaqueca deve ser
balanceada, com intervalos regulares entre uma refeição e outra. O jejum é um
importante desencadeante da cefaleia. Evitar o uso de substâncias estimulantes
em excesso, como a cafeína, também é importante, assim como manter uma rotina
de sono. Dormir pouco ou muito pode provocar crises.
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