Colégio católico é processado por ensinar ideologia de gênero
Pais alegam que seus filhos tiveram contato com
material didático impróprio.
O Ministério Público (MP) de Minas Gerais ajuizou
uma ação civil pública contra o Colégio Santo Agostinho, tradicional de Belo
Horizonte, sob alegação de ensino de “ideologia de gênero” aos alunos do
terceiro ao sexto ano do ensino fundamental.
A ação foi pedida pelos próprios pais que enviaram
uma notificação extrajudicial contra o conteúdo abordado em julho de 2017. Em
novembro daquele ano, eles enviaram uma representação ao MP.
Na denúncia, feita pública esta semana, o MP
menciona que durante um evento promovido pelo colégio foi abordado um experimento
sueco em que crianças “começaram a ser criadas sem diferenças de sexo”. Além
disso, apontou que os alunos tiveram contato com “material didático impróprio”.
Se comprovado, os pais podem receber indenização
por danos morais coletivos com valor correspondente às mensalidades e à
matrícula em 2017, nas unidades de Belo Horizonte, Nova Lima, Contagem e região
metropolitana.
Em resposta, a instituição afirmou que a ação
contém “alegações absurdas e desconectadas da realidade” e negou ter em seu
projeto pedagógico a “ideologia de gênero”, além de pedir indenização por danos
coletivos.
O Colégio Santo Agostinho ressaltou seus valores
cristãos e católicos e disse que tomará as medidas judiciais cabíveis para se
defender do que chama de “falsas alegações”.
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