Número de crianças buscando “tratamento de gênero” sobe 4.515% na Inglaterra
Governo investiga qual a influência da internet na
"explosão" dos índices.
A ministra das Igualdades do Reino Unido, Penny
Mordaunt, pediu às autoridades para investigar as razões do espantoso aumento
de 4.415% no número de crianças encaminhadas para tratamento de gênero.
Diagnosticadas com “disforia de gênero” pelo
Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, há um crescimento contínuo desses
casos ao longo dos últimos. Crianças recebendo injeções de hormônios e bloqueio
da puberdade, por exemplo, pulou de 97 em 2009/10 para 2.519 em 2017/18.
O mais impressionante é que, entre as meninas, o
número subiu de 40 para 1.806, o que significa que as garotas estão mais
propensas a se tornarem garotos do que vice-versa. Dentro os casos analisados,
45 crianças tinham seis anos ou menos, e as mais jovens tinham apenas quatro
anos.
O The Sun, jornal de maior circulação no Reino
Unido, mostrou um tempo atrás que o número de jovens diagnosticados com
disforia de gênero subiu de 97, em 2010, para 1013, em 2015. O custo para os
cofres do Estado foram mais de 2 milhões e 500 mil libras esterlinas.
Bernard Reed, membro de uma associação de pesquisas
de gênero, afirma que o serviço de saúde britânico “não está realmente
preparado e treinado para atender essa crescente demanda por assistência
médica”.
Esta semana, outra reportagem sobre o tema, do
jornal The Telegraph, destacou um aumento de 400% nos casos entre crianças com
menos de 11 anos. Saíram de 19, em 2010, para 77, em 2015. A publicação mostra
uma pesquisa feita com 32 jovens que receberam bloqueio hormonal do serviço de
saúde. Destes, apenas 8 seguiram para a cirurgia de transgenitalização.
Influência da internet
De acordo com o jornal Express, de Londres, o
governo quer saber se a internet pode estar influenciando a forma como as
garotas pensam sobre o assunto.
Sessenta e três por cento dos casos estudados
tinham um ou mais diagnósticos de transtorno psiquiátrico ou deficiência do
neurodesenvolvimento antes de anunciar que queriam “mudar de gênero”. Quase
metade deles se automutilou, enquanto 50% sofreram um evento traumático, como
bullying ou abuso sexual.
A Dra. Lucy Griffin, psiquiatra consultora da
Bristol Royal Infirmary, admitiu que estava “extremamente preocupada” com os
efeitos a longo prazo que essa medicação teria sobre os jovens. Ela alertou que
os tratamentos podem torná-los inférteis, causar osteoporose e resultar em
disfunção sexual.
Os remédios incluem drogas “bloqueadoras da
puberdade”, que interrompem o início da idade adulta, e “hormônios sexuais
cruzados” que iniciam o processo de transição de um sexo para outro.
Riscos do autodiagnostico
Em um artigo escrito para a revista científica
Psychological Perspectives no ano passado, a psicoterapeuta norte-americana
Lisa Marchiano escreveu: “Em sites como o YouTube, milhares de vídeos caseiros
registram as transições de gênero entre adolescentes.
A especialista disse que os jovens também estavam
encontrando “validação” on-line para o seu autodiagnostico como transgênero.
Ela acrescenta: “Há blogs detalhando
meticulosamente o processo pelo qual um jovem questionador é encorajado a
entender seus sintomas como evidência de ser trans… Temos jovens contando nas
redes sociais que começaram a se perguntar se eram trans porque gostavam de
criar avatares de sexo oposto em jogos on-line ou porque gostavam das roupas ou
penteados do sexo oposto”.
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