Petroleiros decidem entrar em greve na próxima quarta-feira
Paralisação de 72 horas reivindica a demissão do
presidente da Petrobrás, a redução dos preços de combustíveis, entre outras
medidas.
A lista de reivindicações inclui cinco pontos, um
deles é a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. Os sindicalistas
pedem também a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a
manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da
importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de
ativos promovido pela atual gestão da estatal. O comunicado que será enviado
ainda neste sábado à empresa contesta também a presença de unidades das Forças
Armadas em instalações da Petrobrás.
A greve se estenderá até as 23h59 do dia 1º de
junho. Já neste domingo, 27, a troca de turnos será atrasada nas refinarias nas
quais foram colocadas à venda participações, o que deve deixar a operação mais
lenta. Foram incluídas no programa de desinvestimento a Rlam, na Bahia; a Abreu
e Lima, em Pernambuco, a Refap, no Rio Grande do Sul, e a Repar, no Paraná.
Trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini
(Refap) já cruzaram os braços no turno de 8 horas a 16 horas deste sábado, em
solidariedade ao movimento de greve dos caminhoneiros, informou o Sindicato dos
Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS).
Segundo a assessoria de imprensa da Petrobrás, a
operação não foi afetada. Isso porque os trabalhadores do turno anterior, de
meia-noite às 8 horas, assumiram os trabalhos. A diretora de comunicação do
Sindipetro-RS, Élida Maich, informou que a paralisação foi decidida por cerca
de 70 petroleiros reunidos na porta da Refap, na entrada do turno das 8 horas.
A entrada da Refap foi bloqueada por manifestantes
desde o início do movimento grevista dos caminhoneiros. Segundo a Petrobrás, há
bloqueios em várias refinarias, mas nenhuma unidade teve impacto na operação de
produção.
Na semana retrasada, a Federação Única dos
Petroleiros (FUP) aprovou greve por tempo indeterminado, mas sem definir uma
data. A entidade divulgou um calendário que previa a definição da data de
início da greve para o próximo dia 12, mas o Sindipetro-RS resolveu se
antecipar ao movimento com a ação localizada na Refap. “Como os petroleiros são
contra a política de aumento de combustíveis, entramos em solidariedade aos
caminhoneiros”, afirmou Elida.
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