Muçulmanos afirmam que expansão no Brasil acontecerá através da chegada de refugiados
A declaração do presidente da Sociedade Beneficente
Muçulmana (SBM), Nasser Fares, sobre os planos de tornar o islamismo a terceira
maior religião no Brasil nos próximos 20 anos repercutiu de forma intensa que
levou os líderes islâmicos no país a emitirem um comunicado sobre o assunto.
“Este é o nosso objetivo: transformar o islamismo
na terceira maior religião do Brasil”, afirmou Fares, durante um evento de
inauguração de uma reforma da Mesquita Brasil, realizado para a comunidade
muçulmana.
O vídeo com a declaração de Fares foi repercutido
inicialmente pelo portal JM Notícia, a quem a SBM enviou um comunicado
contemporizando as declarações de Nasser Fares e observando que o material é de
2015.
Segundo a nota da SBM, o contexto da projeção de
crescimento não têm a ver com um trabalho de conversão de brasileiros para a
religião: “É preciso reiterar ainda que não há esforço da Mesquita Brasil em
arrebanhar fiéis. As pessoas que desejam conhecer a religião e se converter são
recebidas, recebem orientação, e, caso desejem, dão seu testemunho de fé. O que
ocorre é que o trecho da gravação sem essa explicação dá a entender que a
Mesquita está querendo expandir sem critérios. E não é verdade”.
No vídeo, Fares afirma que “se hoje temos de 1,5
milhão a 2 milhões de muçulmanos no Brasil, a gente quer ter nos próximos 20
anos, mais de 20 milhões de muçulmanos no Brasil”. Na nota, a SBM alega que
esse crescimento é projetado a partir da chegada de refugiados, numa repetição
do que ocorre na Europa.
“Somente refugiados foram recebido e acolhidos mais
de 3 mil pela Mesquita Brasil e SBM. Além disso, as entidades mantêm
sistematicamente auxílio para asilos, creches e comunidades que precisam de
auxilio, sem qualquer intervenção religiosa”, argumenta o comunicado.
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