Moro determina prisão do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares
TRF-4 negou nesta quarta-feira embargos de
declaração. Ele foi condenado por lavagem de dinheiro em um processo da
Operação Lava Jato em 2017.
juiz federal Sérgio Moro determinou nesta
quarta-feira a prisão do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado por
lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato, em 2017.
A defesa de Delúbio teve o último recurso negado em
segunda instância nesta quarta pelos desembargadores do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4).
Os advogados apelaram com embargos de declaração
depois que Delúbio teve a condenação confirmada e a pena aumentada de cinco
para seis anos pelos desembargadores do tribunal, em Porto Alegre, em março
deste ano.
Essa ação penal é um desdobramento do processo que
condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do Banco Schahin, por
empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões concedidos pelo Banco Schahin a Bumlai.
Conforme os desembargadores, metade do valor foi
repassada para a empresa Betin e a outra parte, para a Remar Agenciamento e
Assessoria, que repassou quase tudo o que recebeu à empresa Expresso Nova Santo
André, com o destinatário final sendo Ronan.
De acordo com a sentença, todas essas transações
que envolvem os réus deste processo seriam fraudulentas e teriam por objetivo
disfarçar o destino do dinheiro. Nos autos, não há investigação sobre a
motivação do PT para entregar os valores a Ronan.
Porém, o Ministério Público Federal (MPF) levantou
a hipótese de uma suposta extorsão praticada por Ronan contra o PT, o que não
foi esclarecido e não era o foco da denúncia, relativa ao crime de lavagem de
dinheiro.
O que diz o PT
O PT disse que não há no processo nenhuma prova de
empréstimo ou fraude envolvendo Delúbio Soares nem o PT. "É mais um caso
de perseguição da Lava Jato, que trata o PT como inimigo e deixou de combater a
corrupção para fazer luta política", disse o partido.
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