Grupos de apoio a Lula são recebidos com pedras em São Borja
A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva a São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, foi acompanhada de
protestos e confrontos entre ruralistas e integrantes de movimentos sociais
nesta quarta-feira. Caravanas que chegavam para apoiar Lula foram recebidas com
pedras jogadas contra os ônibus, mas não houve feridos.
Já em frente ao Museu Getúlio Vargas foi registrado
um pequeno incidente em que um manifestante do MST foi agredido sem maiores
consequências. O forte aparato policial evitou confrontos e direcionou grupos
rivais para locais em que pudessem ser controlados.
O ato político estava marcado para as 14h na Praça
XV de Novembro, no centro da cidade onde fica o Mausoléu Presidente Getúlio
Vargas, mas só começou por volta das 17h. Muitos pronunciamentos entremeados
com apresentações artísticas seguraram o público por várias horas até a chegada
de Lula, que estava acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, da presidente
do PT, Gleisi Hofmann, e de lideranças locais como o ex-governador Olívio
Dutra.
O discurso de Dilma Rousseff destacou
principalmente a instalação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e do
Instituto Federal Farroupilha (IFF) na cidade, além do que chamou de 'golpe'
para tirá-la do poder. Ela ainda falou sobre os ex-presidentes Getúlio Vargas e
João Goulart e o ex-governador Leonel Brizola, todos com forte ligação com São
Borja - os túmulos dos três políticos trabalhistas estão no cemitério do
município.
Lula iniciou seu discurso atacando o que chamou de
“direita fascista”, que, no seu entendimento, “muitas vezes se beneficiou dos
recursos do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar) para adquirir
máquinas com valores subsidiados." O ex-presidente lamentou o clima tenso
comandado por “empresários e ruralistas”, afirmando que seu partido não
adotaria a mesma atitude. "Isso não faz parte da democracia."
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