‘Plano B’ do PT e Lula ao Planalto é indiciado por corrupção em desvios de estádio da Copa
Operação da Polícia Federal que atingiu nesta segunda-feira
o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, impôs mais dificuldades para o PT ter
candidato próprio ao Palácio do Planalto. Cotado como possível opção petista na
eleição presidencial caso Lula seja preso e/ou fique impedido de disputar,
Wagner foi indiciado. Ele é apontado em inquérito como destinatário de R$ 82
milhões, em propinas e caixa 2, desviados da obra de reconstrução do estádio da
Fonte Nova, em Salvador.
A ação da PF, que chegou a pedir a prisão
temporária do ex-governador – não acolhida pela Justiça – e fez busca e
apreensão no apartamento dele, deu fôlego novo para o discurso de vitimização
do PT. A cúpula petista classificou a Operação Cartão Vermelho como mais um
episódio de “perseguição política” ao partido. Nome de maior destaque da
legenda no Nordeste – principal reduto eleitoral do partido – Wagner, para
alguns petistas, passou a ser considerado carta fora do baralho na disputa pela
Presidência.
Diante de um revés atrás do outro, a cúpula do PT
ainda não sabe o caminho a seguir. Com o aval de Lula, o ex-prefeito de São
Paulo Fernando Haddad iniciou um movimento para construir a unidade da
centro-esquerda na eleição. Coordenador do programa de governo do petista,
Haddad jantou recentemente com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, talvez com a
intenção de ser seu vice.
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