Urna eletrônica é invadida em teste público de segurança feito pelo TSE
Na última sexta-feira (1º) de
Dezembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou um teste público com
especialistas em segurança da informação para checar possíveis vulnerabilidades
em urnas eletrônicas que serão usadas nas próximas eleições em 2018. Como
adiantou o G1, os participantes tiveram sucesso em decifrar arquivos internos
da urna.
Em setembro deste ano, o
TecMundo entrevistou o professor Diego Aranha, que já havia encontrado diversas
vulnerabilidades nas urnas eletrônicas — e você pode acompanhar a entrevista com mais detalhes clicando aqui.
O TSE afirmou que as falhas,
existentes por causa de uma atualização de sistema recente, serão corrigidas.
O coordenador de sistemas
eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, afirmou que "é possível" que os
especialistas tenham identificado como votos foram registrados em uma urna.
"Eles não tiveram acesso a dados do eleitor, tiveram acesso ao ‘log’, que
é aquele sistema que vai monitorando a urna e escrevendo tudo que acontece na
urna eletrônica, como a caixa-preta de um avião, que vai registrando todos os
dados do voo.
E conseguiram acesso ao RDV, que é o registro digital do voto,
mas não de alterar o RDV, apenas de observá-lo", disse Melo Cruz.
"Eles conseguiram essa penetração, mas não tiveram acesso à ordem de
votação nem a todos os votos dados naquela urna. Não conseguiram identificar os
votos de todos os presentes. É possível do último voto".
Gilmar Mendes, presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, enalteceu a "importância da contribuição da
sociedade civil". Além disso, Mendes confirmou que nas próximas eleições
cerca de 30 mil urnas (são 500 mil no total) terão o voto impresso para
eventual necessidade de conferência — determinado por lei.
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