Temer libera verba de R$ 1,9 BI para comprar votos de deputados a favor da Reforma da Previdência
Embora
seja rejeitado por 92% da população, Michel Temer abriu os cofres federais para
comprar votos de parlamentares na reforma da Previdência, também rechaçada por
sete em cada de brasileiros; para garantir o apoio dos deputados, Temer planeja
acelerar a liberação de verbas para pagar emendas daqueles que se comprometerem
a votar a favor do desmonte previdenciário; a estimativa é desembolsar R$ 1,9
bilhão a receber até o fim do ano —média de quase R$ 6 milhões para cada um.
Para
comprar o apoio de deputados para sua reforma da Previdência, que acaba com a
aposentadoria dos brasileiros, Michel Temer planeja acelerar a liberação de
verbas para pagar emendas dos parlamentares que se comprometerem a votar a
favor das mudanças.
Em
reunião nesta segunda-feira, Temer determinou que seus ministros privilegiem
cerca de 330 parlamentares na distribuição dos recursos, usados para bancar
obras e projetos nas bases eleitorais dos congressistas.
"O
governo estima que os projetos indicados por esses parlamentares ainda têm R$
1,9 bilhão a receber até o fim do ano —média de quase R$ 6 milhões para cada
um.
A
ideia é pagar parte agora para reduzir a resistência dos deputados na votação.
As liberações devem ser feitas nas próximas três semanas.
Parlamentares
de oposição e aqueles que traíram o governo em votações recentes ficarão fora
da distribuição, e suas emendas devem ficar represadas até o fim do ano.
A
estratégia do Palácio do Planalto é dar conforto aos integrantes mais fiéis da
base aliada, que poderão levar o dinheiro para os projetos em seus municípios
e, assim, compensar a carga negativa que terão em suas bases eleitorais ao
votar pela reforma.
Temer
tem enfrentado dificuldades para conquistar os 308 votos necessários para
aprovar a proposta, que modifica vários artigos da Constituição e por isso
precisa de 60% dos votos para ser aprovada. Temer distribuiu cargos e demitiu
funcionários indicados por integrantes da base que votaram contra propostas de
interesse do governo."
Nenhum comentário