João Santana diz que mentiu para tentar manter Dilma no cargo
Ao ser preso em 2016, ele disse que dinheiro no exterior era de eleições em
outros países; hoje, admitiu caixa 2 para ex-presidente, Haddad, Marta e Gleisi
Em depoimento ao juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, o publicitário João Santana admitiu
nesta terça-feira que mentiu em seu primeiro interrogatório, em fevereiro de
2016, porque estava “atordoado” com a sua prisão e porque tentava manter a então presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo — ela foi afastada do posto dois meses
depois.
Na ocasião, ele disse
que os recursos que recebera no exterior se referiam, “exclusivamente”, a
pagamentos de campanhas feitas em outros países. Nesta terça-feira, ele mudou a
versão: “Na época, [estava] ainda atordoado, um dia depois da prisão, e
também preocupado com a própria estabilidade política e manutenção do cargo da
presidente Dilma. Eu cometi o equívoco, eu menti para a Justiça sobre isso.
Por
isso, a primeira versão minha, que esses recursos eram todos de campanhas
no exterior. Não estava mentindo de todo, porque boa parte dos recursos
provinha disso”, disse Santana, que atuou em campanhas eleitorais em países da
África e da America Latina. Ele foi preso na Operação Acarajé após os investigadores rastrearem
depósitos da Odebrecht em uma conta sua aberta
no Panamá e sediada na Suíça.
O marqueteiro também
confirmou que recebeu pagamentos não declarados (caixa dois) em
contas no exterior pela campanha presidencial de Dilma, em 2010. Além
disso, ele relatou que foi remunerado por fora nas campanhas municipais dos
também petistas Fernando Haddad,
em São Paulo, e Patrus Ananias, em Belo Horizonte, em 2012; e de Marta Suplicy (hoje no PMDB), em São Paulo, e Gleisi Hoffmann, em Curitiba, em 2008. Os repasses teriam
sido feitos pela empreiteira Odebrecht por intermediação
do ex-ministro Antônio Palocci.
Tem razão...mas vai preso assim mesmo!!!
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