Justiça torna inelegível por corrupção primeiro prefeito eleito pelo PSOL no país
A Justiça Eleitoral da Cidade de Itaocara, no norte fluminense,
tornou o prefeito do município inelegível, Gelsimar Gonzaga, que foi o primeiro
prefeito eleito pelo PSOL no país.
A decisão do
juiz Rodrigo Rocha de Jesus é fruto de investigação do Ministério Público Eleitoral
sobre abuso de poder pelo uso de máquinas do município em propriedades privadas
com o objetivo de angariar votos.
Além dele, foi
condenado Rildo Correa Arruda, que era secretário municipal de Agricultura. Os
dois estão inelegíveis pelo prazo de oito anos.
Também ré na
ação, a chefe de gabinete da prefeitura, Andrea Cosendey Ferreira do
Nascimento, foi absolvida. Ela foi candidata a vice de Gonzaga na última
eleição.
O prefeito
venceu em 2012 e, desde então, vem enfrentando forte oposição na Câmara dos
Vereadores do município.
As contas da
prefeitura foram rejeitadas em 2013 e 2014 e Gonzaga teve dificuldades para
aprovar projetos simples, como suplementações orçamentárias para pagar
salários.
Em fevereiro
deste ano, foi tirado do cargo sob alegação de tentar impedir o funcionamento
da Câmara, mas voltou por decisão do mesmo juiz que o tornou inelegível.
Gonzaga
concorreu à reeleição nas últimas eleições, mas teve a candidatura rejeitada
pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Seus votos foram anulados. O vencedor
do pleito foi Manoel Faria (PMDB).
À reportagem o
prefeito negou uso eleitoral das máquinas e disse que vai recorrer da decisão.
"(O uso das
máquinas em propriedade privada) É uma coisa corriqueira na região e tem o
objetivo de apoiar os pequenos produtores rurais", afirmou.
O prefeito
reclama de "perseguição política" por parte da oposição na cidade -o
PSOL tem apenas 1 dos 11 vereadores do município.
"O Tribunal
de Contas do Estado aprovou todas as minhas contas, mas por perseguição política
a Câmara rejeitou e não consegui deferir minha candidatura.
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