Discurso fez defesa de Israel e prometeu lutar
contra o fundamentalismo islâmico.
Chefes de Estado e de governo de mais de 190 países
se reúnem em Nova York para sua 73ª sessão da Assembleia Geral nesta
terça-feira (25) em Nova York. O discurso do presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, foi o mais contundente até o momento.
Em pouco mais de meia hora, ele fez uma série de
acusações contra nações, a própria ONU e deixou claro que não se dobrará ao
globalismo.
Síria
Trump assegurou que os Estados Unidos ajudaram a
expulsar os combatentes do Estado Islâmico da Síria e que lutará contra o
fundamentalismo islâmico. Destacando que a situação atual do povo sírio é de
“cortar o coração”, pediu que a ONU incentive a paz no Oriente Médio.
Também deixou claro que os Estados Unidos reagirão
caso haja algum registro de desenvolvimento de armas químicas pelo regime de
Bashar al-Assad.
Irã
Ato contínuo, responsabilizou o Irã pela guerra,
lembrando que seu governo optou por abandonar o acordo nuclear com o país.
Denunciou que os líderes iranianos fazem parte de uma “ditadura corrupta” e que
buscam semear “caos, morte e destruição”. Deixando claro que enquanto o povo
iraniano sofre, seus líderes usam da religião para oprimi-los enquanto ficam
ricos desviando verbas.
Chamando o Irã de “maior patrocinador do terrorismo
mundial”, insistiu que o país não deveria ter acesso a armas nucleares.
Por isso, pediu que as nações aliadas isolem as
lideranças iranianas, enquanto ainda houver agressões. Os EUA manterão sua
campanha de pressão econômica para impedir o acesso do Irã a fundos, uma vez que
não existe qualquer tipo de prestação de contas de como o dinheiro é usado.
Sabidamente os aiatolás financiam os conflitos tanto na Síria quanto no Iêmen.
Israel
Ele defendeu Israel e seu direito de
autodeterminação. “Demos um importante passo no Oriente Médio. Em
reconhecimento do princípio que cada Estado soberano pode determinar sua
capital, transferi a embaixada dos EUA de Israel para Jerusalém”.
Na sequência, mesmo sem dar detalhes voltou a falar
sobre um plano de paz. Trump reiterou que “os EUA estão comprometidos com um
futuro de paz e estabilidade na região, inclusive a paz entre israelenses e
palestinos, um objetivo que está avançando”.
O líder americano garantiu que a política adotada
por ele não será “refém de velhos dogmas, ideologias desacreditadas e daqueles
que se dizem especialistas embora, ao longo dos anos, demonstraram várias vezes
que estavam equivocados”.
Globalismo
O presidente declarou também que rejeita a ideia de
globalismo e que “os Estados Unidos são governados pelos americanos”.
Fazendo uma dura crítica ao Conselho de Direitos
Humanos da ONU, lamentou que não há medidas claras contra os ditadores que
matam seu próprio povo, embora emitem medidas contra países como EUA e Israel,
onde há liberdade.
Venezuela
Outra crítica foi centrada na Venezuela. Trump
destacou que foi o socialismo imposto por Nicolás Maduro que levou à pobreza
extrema da população. “Em todo lugar que foi implantado, o comunismo/socialismo
gerou sofrimento, corrupção e decadência. Todas as nações da terra deveriam
rejeitar o socialismo e a miséria que ele traz a todos”.
Sua convicção é que o país que já foi rico, hoje
vive uma “tragédia humana”, comprovada pela miséria e fuga em massa de
habitantes para as nações vizinhas.
O apelo de Trump às nações ali representadas foi
pelo reestabelecimento da democracia na Venezuela.
Pilares da lei e da fé
“Que tipo de mundo deixaremos para as nossas
crianças?”, perguntou Trump na parte final de seu discurso. Sob sua gestão,
garantiu, os EUA se comprometerão em tornar a ONU mais efetiva.
“Sabemos o tipo de nação que queremos”, disse,
mencionando os pilares que sustentam o país mais poderoso do mundo: liberdade,
dignidade individual, governo autônomo, importância da lei, fé e cultura construída
sobre famílias fortes e tradições.
Encerrou assegurando que a soberania das nações
independentes é o único caminho “para um futuro de paz e prosperidade”.
Assista (em inglês)!