Policial
militar, que completaria 29 anos neste domingo 16, foi vítima de assalto.
O corpo do
soldado da Polícia Militar Cleber de Castro Xavier Junior, de 28 anos, morto ao
reagir a um assalto no Grajaú, na Zona Norte do Rio, foi enterrado, na manhã
deste domingo, no Cemitério Jardim da Saudade, em esquita, na Baixada
Fluminense. O policial completaria 29 anos neste dia. Cerca de 800 colegas e
parentes do PM participaram do cortejo fúnebre.
No local do
enterro, policiais fardados prestaram continência e o homenagearam com uma
longa salva de palmas. Alguns amigos da vítima vestiam uma camiseta branca em
homenagem com os dizeres: “A tristeza persiste mas a felicidade insiste, só
tenho direito a dizer o que vou fazer. Carpe diem. Descanse em paz amigo”. A
família não quis falar com a imprensa.
SOLDADO É O
87º POLICIAL MORTO NO RIO ESTE ANO
Lotado no 15º
BPM (Duque de Caxias), Cleber é o 87º policial militar morto em 2017 no estado
do Rio. De acordo com familiares, ele terminaria, no final deste ano, a
faculdade de Letras e já estava se preparando para prestar um concurso público,
a fim de trabalhar em outra área.
— O Cleber
reclamava muito das condições de trabalho e sobre a insegurança que sentia. O
grande sonho dele era casar e ter filhos. A cerimônia do casamento já estava
marcada, com tudo pronto, para novembro. Mas, infelizmente, essa violência
acabou interrompendo o sonho dele — disse um parente do policial, que preferiu
não se identificar.
No dia 7 de
julho, o perfil oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro publicou
um artigo chamado "Não somos apenas números". No texto, o
comandante-geral da PM, o Coronel Wolney Dias fala sobre a tristeza e a revolta
que sente sempre que um policial é morto. "Os agentes de segurança
pública, sobretudo os policiais militares, são tão vítimas da violência como
qualquer cidadão.
E com um agravante incontestável: quando reconhecido pelo
criminoso, o policial não tem outra saída senão matar ou morrer. Esse
'detalhe', nem sempre lembrado por especialistas e críticos, explica o fato de
a maioria ser morto em dias de folga", diz um trecho.